segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O Mundo do Desporto

«No futebol, o pior cego é aquele que só vê a bola».
Nelson Rodrigues

A violência dentro e fora dos estádios de futebol não é um fenómeno novo e verifica-se em todos os países, remontando ao início do desporto, na Inglaterra do séc. XIII, quando os jogos entre cidades rivais envolviam centenas de jogadores e costumavam terminar numa batalha.

O movimento “ hooligan” é conhecido em toda a Europa e a palavra, de origem inglesa, é utilizada em quase todas as línguas europeias para designar os adeptos que misturam futebol e violência.

Podemos dizer que a violência no futebol se tornou mesmo um assunto europeu preocupando todos os governos.

Assim, o Reino Unido impôs restrições tão fortes (aumento do preço dos bilhetes, pena máxima de 10 anos de prisão para actos violentos,…) que os níveis de violência diminuíram significativamente.

Em Portugal, os clubes que mantenham o apoio aos grupos de adeptos não legalizados (claques) serão punidos com a realização dos seus jogos à porta fechada. Esta é uma das penalizações previstas no projecto de diploma para o combate à violência, racismo e xenofobia.

Também a União Europeia, no seu conjunto, sentiu a necessidade de intervir e, para isso, tomou algumas medidas contra o hooliganismo, designadamente as seguintes: a concepção dos estádios de forma a garantir a segurança dos espectadores (saídas separadas para adeptos e para a polícia); a separação dos grupos de adeptos; o controlo da venda de bilhetes e a proibição de bebidas alcoólicas nos estádios. Tudo isto, para que não se repitam alguns casos que ocorreram em Espanha e na Itália, com insultos racistas a alguns jogadores de cor negra e violência por parte de adeptos contra a polícia, como aconteceu recentemente, em Itália, com a morte de um polícia.





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