segunda-feira, 5 de maio de 2008

Mundo do Desporto

Interesse versus Consciência















Os Estados e os seus atletas têm interesses económicos, de imagem, de realização nos Jogos Olímpicos. Mas terão eles também a consciência de que está a ocorrer um “genocídio cultural de tibetanos”?

Alguns líderes mundiais já confirmaram a sua presença na abertura dos Jogos Olímpicos, como os EUA, Canadá, Alemanha e Japão; no entanto, mantém-se em aberto a possibilidade de boicote, como é o caso da União Europeia e da França em particular que ponderam uma tomada de posição relativamente a este problema.

Nestas últimas semanas intensificaram-se os violentos protestos pelo Tibete, sucessivas manifestações têm decorrido nas principais capitais do mundo, acompanhando o percurso da chama olímpica. O balanço por parte das autoridades do Tibete dá conta de que já ocorreram 140 mortos só numa noite; porém, as autoridades chinesas falam apenas em dezanove mortes. Tudo isto, pela independência que o Tibete procura e certamente merece.

O que mais choca, na minha opinião, é a posição que a ONU e outras organizações estão a tomar, ou seja, uma posição de afastamento e de passividade, o que não deveria acontecer, pois existe um conselho preparado para estas situações (Conselho de Direitos Humanos). Mas, claro, as relações comerciais entre a China, a UE e o resto do mundo são mais fortes do que a causa do Tibete.

Não considero que o boicote seja a melhor solução; contudo, penso que a União Europeia devia intervir rapidamente no sentido de serem ultrapassados estes problemas que envolvem importantes direitos humanos.

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